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Ascensão

ASCENSÃO — RETORNO


VIDE: Psychanodia; Ascensão da Alma

Efrem Hino à Ascensão

Mestre Eckhart: Eckhart Sermon 29

Nuestro Señor ascendió al cielo por encima de toda luz y de todo conocimiento y de toda comprensión. El hombre que es llevado así por encima de toda luz, mora en (la) eternidad. Por eso dice San Pablo: «Dios mora en una luz a la cual no hay acceso» (Cfr 1 Timoteo 6,16), y que es, en sí misma, un puro Uno. Por eso el hombre debe estar mortificado y completamente muerto y no ser nada en sí mismo, enteramente despojado de toda igualdad y ya no ser igual a nadie, entonces es verdaderamente igual a Dios. Porque ésta es la peculiaridad de Dios y su naturaleza: que es sin par y no igual a nadie.

SUFISMO: Ibn Arabi Ascensão Alegórica

François Chenique: Chenique Metafisica

Na Ascensão, a alma toma consciência de seu parentesco profundo com Deus e de sua participação no Cristo glorioso que o libera de todo criado.

Hans Jonas: Jonas Ascensão Alma

Roberto Pla: Evangelho de Tomé - Logion 113

O processo descendente da manifestação explica os três primeiros dias do relato da criação segundo o Gênesis. Mas o que estuda a Boa Nova não é o ponto de partida do homem desde a criação até seu estado atual, senão o caminho que o toca realizar enquanto homem assentado na terra. Este retorno é uma ascensão, como a do sonho de Jacó pela escada e que Jesus recorda quando diz: “Vereis o céu aberto a aos anjos de Deus subir e baixar sobre o Filho do homem” (Jo 1,51).

Esta escada consta de três degraus ou “dias” que há que percorrer em sentido inverso ao da criação, e isso é o “Retorno”, porque vai desde o dia terceiro ao primeiro, o qual se denomina no evangelho o “Dia terceiro”, o último dia.

O caminho de Retorno é estreito e com uma entrada estreita, como diz Jesus. O homem deve começá-lo “no mundo”, no terceiro Reino (v. relato dos seis dias), o da terra; mas a medida que o homem ascende, identifica sua consciência com as capas, cada vez mais sutis, do segundo Reino, o da alma. Assim até que em certo ponto descobre que a essência de sua alma não são as determinações da alma com as quais ele se identifica, e que se reduzem a ser prazer e dor, senão o conhecimento que o chega da luz. Então, por um ato supremo de negação a si mesmo — e isto é a cruz — pode o homem fazer-se “um” com a Luz do Reino primeiro e consumar seu Retorno.

Fazer-se “um” com a Luz, se chama “o terceiro dia”, e sua chegada é a Ressurreição.

No AT se apresentam alguns relatos e normas que mostram, em ordem oculto, que os israelitas de outros tempos conheciam a doutrina deste Retorno que Jesus explica. Quando Abraão cortava no monte Moria a lenha para o holocausto que o havia pedido o Senhor, se diz que: “No terceiro dia levantou Abraão os olhos e viu o lugar (do holocausto) desde longe” (Gn 22,3-4).

A primeira “Visio” do Lugar Santo é, com efeito, sempre “desde longe” porque os olhos ainda não sabem olhar; mas como diz o evangelho, “o Reino de Deus está próximo”. Este Reino de Deus é, claro, o primeiro Dia, porque no caminho de Retorno é reputado como o terceiro Dia, o Dia último, pois nele se cumpre a consumação. Isto mesmo é o que se diz no Êxodo: “(Aqueles que) estejam preparados para o terceiro dia; porque o dia terceiro descerá YHWH à vista de todo o povo sobre o monte Sinai” (Ex 19,11).

O que chamamos a Ressurreição não é em definitivo outra coisa que a chegada da Consciência ao Reino da Luz; mas os padecimentos do homem por alcançar o sentimento interior da “presença” da Luz, não só tem por cenário o seio terrenal, senão também e sobre tudo, a intimidade da alma no Reino intermédio, pois é no segundo Reino onde os conteúdos de vida perecedoura alojados na alma e retidos nela devem morrer para que tudo seja trocado em imortalidade.

Isso que dizemos é o que queria dizer o profeta Oseias quando pedia a volta, quer dizer, o retorno, ao Senhor. Oseias o dizia medido em Dias de Luz: “Dentro de dois dias não dará a vida (no Reino da alma = vida = psyche) e ao terceiro dia nos fará ressurgir e em sua presença viveremos (com vida eterna, e propriedade)” (Os 6,2).

Também é isso o que explicou Jesus como resposta às ameaças “terrenas” de Herodes: “Eu expulso demônios (purificação) e levo a cabo curas (conhecimento) e ao terceiro dia sou consumado” (Lc 13,32).


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