VIDE: gnose, conhecimento, gnostike, episteme, praxis, theoria
Para dar ao seu povo conhecimento (gnosis) da salvação, Na remissão dos seus pecados; (Lc 1:77)
Ai de vós, doutores da lei, que tirastes a chave da ciência (gnosis); vós mesmos não entrastes, e impedistes os que entravam. (Lc 11:52)
O profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência (gnosis) de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! (Rom 11:33)
Para que os seus corações sejam consolados, e estejam unidos em amor, e enriquecidos da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus e Pai, e de Cristo, Em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência (gnosis). (Col 2:2-3)
O termo gnosis, originário da filosofia grega, foi apropriado pelos primeiros cristãos com o sentido muito específico de uma forma de conhecimento interior — a raiz da palavra gnosis refere-se a um conhecimento por e através do nous — e que se distingue das formas comuns de conhecimento ordinário — episteme.
Versão francesa
Trata-se de um conhecimento intelectual que permite a experiência de Deus, sendo o gnóstico, aquele que detem este conhecimento, esta experiência de Deus.
Evagrio:
A. Guillaumont (Le Gnostique. Sources chrétiennes. 1989) precisa na sua introdução à Evagrio que foi com Clemente de Alexandria que a palavra gnosis ganhou sua chancela cristã para designar, face àqueles que se diziam "gnósticos", o "verdadeiro gnóstico", ou seja, o cristão que pela prática das virtudes e o estudo de sua tradição, alcança um certo conhecimento espiritual que os simples fiéis não compartilham, pois ainda restritos ao domínio da fé.