VIDE: VIDA ABSOLUTA; VIDA NATURAL; VIDA MORTAL E ETERNA; VIDA E MORTOS; VIDA-MORTE; VIDA ESPIRITUAL; VIDA CONTEMPLATIVA; ANSEIO; VIVENTE; MORTE; THANATOS; ZOON; ZOE; REVELAÇÃO DA VIDA
Não se pode sustentar que, exceto em seu aspecto serial, o viver sequencial possa diferir do viver não sequencial, que é intemporal.
Viver em uma sequência temporal traz à manifestação a forma em todos os seus aspectos fenomênicos e todas as categorias de objetivação, pelas quais se torna vida objetiva ou vida tal como os sentidos a percebem.
O “viver” não sequencial, por outro lado, não conhecendo dualismo e destituído de sujeitos que percebem objetos, é não manifestado.
Ao nosso modo condicionado de pensar, enquanto sujeitos-objetos individuais, a diferença pode parecer absoluta — e, considerada fenomenicamente, sem dúvida o é —, mas deve ser considerada não dualmente; e, assim considerada, nenhuma diferença se mostra aparente, já que, noumenalmente, a diferença não pode ser encontrada senão na serialidade do primeiro modo de percepção.
A serialidade, fenomenicamente reconhecida como duração, permanece como uma medida adicional do espaço, e só isso pode ser considerado como constituindo a diferença. Como tal, a “temporalidade”, assim interpretada, revela-se de fato como a “diferença” aparente — a “diferença” que, em si mesma, causa a aparência dos fenômenos.
A medida adicional do espaço que conhecemos como tempo, estando em ângulo reto em relação a cada uma das três dimensões de nosso volume fenomênico — assim como cada uma dessas dimensões o está em relação às outras —, constitui então o supervolume que às vezes chamamos de noumenalidade, intemporalidade ou Reino dos Céus.
Nota: o “viver” noumenal talvez não seja viver de modo algum? Tal como o conhecemos, condicionados — talvez; tal como os Sábios o conhecem — talvez não.
René Guénon: ESTADO DE SONO
En el orden de la manifestación, del mismo modo que el mundo sensible, en su conjunto, se identifica a Viraj, este mundo ideal del que acabamos de hablar se identifica a Hiranyagarbha ( es decir, literalmente el "Embrión de oro" ), que es Brahma ( determinación de Brahma como efecto, Kârya ) envolviéndose en el "Huevo del mundo" ( Brahmanda ), a partir del cual se desarrollará, según su modo de realización, toda la manifestación formal que está virtualmente contenida en él como concepción de este Hiranyagarbha, germen primordial de la Luz cósmica1
. Además, Hiranyagarbha es designado como "conjunto sintético de vida" ( jîva-ghana )2
; en efecto, él es verdaderamente la "Vida Universal"3
, en razón de esa conexión ya señalada del estado sutil con la vida, la cual, considerada incluso en toda la extensión de la que es susceptible ( y no limitada únicamente a la vida orgánica o corporal a la que se limita el punto de vista fisiológico )4
, no es por lo demás más que una de las condiciones especiales del estado de existencia al que pertenece la individualidad humana; así pues, el dominio de la vida no rebasa las posibilidades que conlleva este estado, que, bien entendido, debe tomarse aquí integralmente, y cuyas modalidades sutiles forman parte de él tanto como la modalidad grosera.
Roberto Pla: Evangelho de Tomé - Logion 11
Vivo, Vivente, é sempre o Filho do Homem, o homem pneumático, posto que tem vida eterna na participação com o Pai. Daí que todo o que ouve a Palavra e a guarda recebe o fruto da Vida eterna e não voltará a saborear a morte (Mt 16,28; Jo 5,24; 8,51), (com toda a carga de transfiguração da consciência — de identificação com o que em um mesmo é eterno — que isto significa). Por isso diz Jesus: "O que crê em mim, embora morra viverá, e todo o que vive e crê em mim, não morrerá jamais" (Jo 11, 25-26)... passou da morte à vida (Jo 5,24).
Karl Renz
Commentaries On The Gospel Of Thomas. Excerpts from the Marsanne talks, 2015
A Vida vem do nada, da inexistência, ou está sempre presente?
A Vida nunca vem ou vai. É silêncio. Nunca nascida, nunca falecida. Sem vir e ir, é sem origem. Podemos dizer que ELA É a origem, mas não tem origem. Então, é a origem de tudo o que podemos imaginar, mas Isso, não podemos imaginar. Por isso, não podemos fazer uma imagem disso. Mas, para a imagem existir, a origem deve estar aí. Para a realização existir, a Realidade deve ser/estar aí. Mas não podemos encontrá-la, nomeá-la ou enquadrá-la. Assim, Isso é nossa natureza e não podemos deixar de ser Isso, mas nunca O conheceremos de forma relativa. E tudo o que podemos dizer é relativo e parte da realização, deste sonho. Seja qual for nosso sonho, não podemos nos encontrar nele porque nunca nos perdemos nele. A ideia de que podemos nos encontrar ou que já nos encontramos é chamada de inferno porque nos torna um objeto no tempo, e nos torna dependentes.