TAO
Wei Wu Wei: SUJEITO-OBJETO
Quando olhei para um jarro, supus que o olho-sujeito estivesse olhando para o jarro-objeto. Mas o olho-sujeito é, por si só, um objeto, e um objeto não pode ser o sujeito de outro objeto. Tanto o olho-suposto-sujeito quanto o jarro são objetos do Eu-sujeito. Isso é uma transcendência aparente do sujeito-objeto.
Mas somente quando percebemos que, na mente dividida, o Eu-como-sujeito deve sempre ser, ele próprio, um objeto, enquanto também tem seu próprio suposto-objeto, entendemos que isso constitui uma regressão infinita. A transcendência final é a compreensão de que Eu não sou-sujeito, pois, uma vez que na realidade não há objetos, não pode haver um sujeito.
Nenhum objeto e nenhum sujeito constituem a impessoalidade, o resultado da negação de cada membro de todos os pares de opostos, ou Não-Entidade.
Somente a mente plena pode conhecer isso, e isso é "Isso que sou."
PERENIALISTAS
René Guénon: A ONTOLOGIA DA SARÇA ARDENTE
Podemos precisar todavía la significación del desdoblamiento del punto por polarización, tal y como acabamos de exponerlo (v. Guenon Ponto), colocándonos en el punto de vista propiamente "ontológico"; y, para hacer la cosa más fácilmente comprehensible, podemos considerar primero la aplicación al punto de vista lógico e incluso simplemente gramatical. En efecto, tenemos aquí tres elementos, los dos puntos y su distancia, y es fácil darse cuenta de que estos tres elementos corresponden muy exactamente a los de una proposición: los dos puntos representan los dos términos de ésta, y su distancia, al expresar la relación que existe entre ellos, desempeña el papel de la "cópula", es decir, del elemento que liga los dos términos entre sí. Si consideramos la proposición bajo su forma más habitual y al mismo tiempo más general, es decir, la de la proposición atributiva, en la que la "cópula" es el verbo "ser" 1 , vemos que expresa una identidad, al menos bajo una cierta relación, entre el sujeto y el atributo; y esto corresponde al hecho de que los dos puntos no son en realidad más que el desdoblamiento de un solo y mismo punto, que se coloca por así decir frente a sí mismo como lo hemos explicado.
Por otra parte, se puede considerar también la relación entre los dos términos como una relación de conocimiento: en este caso, el ser, al colocarse por así decir frente a sí mismo para conocerse, se desdobla en sujeto y objeto; pero, aquí todavía, esos dos no son más que uno en realidad. Esto puede extenderse a todo conocimiento verdadero, que implica esencialmente una identificación del sujeto y del objeto, lo que se puede expresar diciendo que, bajo la relación del conocimiento y en la medida en que hay conocimiento, el ser que conoce es el ser conocido; se ve desde entonces que este punto de vista se vincula directamente al precedente, ya que puede decirse que el objeto conocido es un atributo ( es decir, una modalidad ) del sujeto que conoce.
Frithjof Schuon: SUBJETIVIDADE E OBJETIVIDADE
FILOSOFIA
Martin Buber: EU E TU
Tudo isso e o que se assemelha a isso fundam o domínio do Isso.
Quem diz Tu não possui coisa alguma, não possui nada. Ele permanece em relação.
Na Ontologia, tal como a concebo, é "identificável", "existe" ou "é real" aquilo que resulta de "objetivações". "Objetivar" é uma capacidade da mente: é a capacidade de "tomar algo como objeto". Essa reatividade mental é inconsciente, automática e instrumental em relação à Experiência consciente, que é ação, não reação. Ora, a mente não pode tomar como objeto o que "aparece" como tal, ou seja, como aparência, mas somente a "aparência" que ela julga que "é identificável", "existe" ou é "real". Mas "real" é justamente o que estaria "por trás das aparências". As aparências, portanto, ao invés de aparecerem, devem ser transparentes. Tomar algo como objeto nada tem a ver, então, com fazê-lo aparecer, pois é tomá-lo como real, ou seja, "além das aparências", ou como o assunto, o referente, o objeto de (pelo menos mais de uma) possível aparência. Tente imaginar que algo que você chamaria de "real" só pudesse aparecer uma vez, única, irrepetível. Você não poderá fazê-lo, pois não poderia saber "o que" teria aparecido, não no sentido fraco de que algo teria aparecido, mas você não sabe o que é, mas no sentido forte de que você não poderia sequer saber que algo teria aparecido, ou seja, você não poderia "tomá-lo como objeto" e nada haveria para transparecer na verdadeira Experiência. Agora, permita que algo que você chamaria de "real" possa transparecer em mais de uma aparência: eis o seu conceito de "real". Mas o conceito mesmo põe o "real" para além, por trás das aparências, de modo que ele tampouco pode aparecer como tal, a não ser numa aparência, etc. Se houver "experiências conscientes", então elas não devem consistir na reatividade mental inconsciente de tomar algo como objeto, pois não podemos "ter" experiência daquilo que tomamos como objeto, a não ser através de suas aparências.
NOTAS: