Carregando...
 
Skip to main content
id da página: 9984 Intencionalidade

Intencionalidade

FILOSOFIA MODERNAFENOMENOLOGIA — INTENCIONALIDADE


VIDE: ORIENTAÇÃO

PERENIALISTAS
Allar l'Olivier: L'ILLUMINATION DU COEUR
O objeto na mente por sua espécie inteligível é também chamado conceito objetivo; o verbo mental exprimido em modo de pensamento é o conceito mental. A palavra latina intentio designa seja a atividade da inteligência (intenção formal), seja o conceito ele mesmo (intenção objetiva).

René Guénon: ESOTERISMO DE DANTE

[...] tomamos aquí la palabra «intención» en un sentido que es exactamente el del árabe niyah, que se traduce habitualmente así, y este sentido es por lo demás conforme a la etimología latina (de in-tendere, tender hacia).

FILOSOFIA MODERNA
Michel Henry: FILOSOFIA DA CARNE

La misma situación nos encontramos en Husserl. La conciencia es siempre conciencia de algo. La intencionalidad que define su estructura fenomenológica nos dirige de golpe hacia las cosas que alcanza «en persona». Sin embargo, al considerarlas más detenidamente, estas primeras experiencias de la fenomenología se descomponen de manera extraña. La intencionalidad no produce la donación inmediata de la cosa: es más bien la significación que tiene la cosa de estar dada inmediatamente. Pero toda significación es una irrealidad, un objeto-del-pensamiento -una «irrealidad noemática»-. De ahí que el objeto de la percepción más inmediata para Husserl no es precisamente una realidad sino un «polo ideal», una regla de presentación para la serie de apariciones sensibles a través de las cuales se nos muestra y que le son referidas — justamente por la intencionalidad que las mienta como momentos o cualidades de este polo-objeto -. Tal es el caso del objeto «cubo» o del objeto «casa» a propósito de las series de apariciones concretas que sucesivamente experimento si «giro alrededor» de ellos.

¿Tiene, pues, la realidad su asiento en esas apariciones mismas, en esos «data de las sensaciones»? Tampoco, éstos se descomponen a su vez. Al examinar las apariciones sensibles de color de un objeto cualquiera, conviene por una parte distinguir la zona coloreada que se extiende sobre la superficie del objeto y, por otra, la pura impresión subjetiva de color de la que el color que se extiende ante la mirada no es más que la proyección intencional. En el lenguaje de Husserl: por una parte, el color noemático aprehendido sobre el objeto, visible sobre él (noematische Farbe); por otra, el color impresivo, vivenciado, invisible (Empfindungsfarbe). Ahora bien, la realidad del color radica únicamente allí donde es sentida en nosotros, en el color impresivo o sensual, en la Empfindungsfarbe. De forma más paradójica que en Kant, pero igualmente explícita, el contenido real del mundo sensible no depende de su estructura fenomenológica -representación según uno, intencionalidad según otro-, sino sólo de la impresión.

Sérgio Fernandes: SER HUMANO

Em «Filosofia da Consciência», considerei o que se chama de "intencionalidade" a característica, não da verdadeira Consciência, mas de formas mentais de inconsciência. O que se chama de "consciência intencional" não passa, continuo mantendo, de uma forma de inconsciência. Consciência é uma coisa, mente é outra, e todo estado mental é inconsciente. Nesse ponto, aliás, alinho-me, um tanto imprecisamente, com os que defendem as teses, cada vez mais comuns hoje em dia, de que consciência e mente se distinguiriam; de que a mente (para alguns, o cérebro) e o pensamento, que seria sua atividade, seriam inconscientes; e de que a intencionalidade seria a característica, por excelência, do mental, não da consciência. (São teses correntes em "Ciências Cognitivas" e Filosofia da Mente.) Poderia retomar aqui o mesmo caminho quanto à experiência, considerando sua "intencionalidade" como característica, não da verdadeira Experiência em si mesma, mas de "pseudo-experiências". Ao invés disso, no entanto, agora direi com todas as letras que não há isso que chamam de "intencionalidade", pelo menos na maior parte dos sentidos que essa palavra vem adquirindo na literatura filosófica, desde sua retomada, no século XIX. Mas é inevitável que o "fenomenólogo", e nós mesmos, nos encostemos na parede, exigindo que então digamos o que é isto que pensamos que não há, e aí o pensamento sempre começa a andar em círculos, sobretudo círculos "hermenêuticos". De modo que, neste caso, por absoluto respeito ao filósofo que tanto investigou a questão de se é possível ou não dizer o falso, ou falar do que não há, ou seja, por absoluto respeito a Platão, respeito tão absoluto que me impede de citá-lo... vou continuar tentando explicar o que não há! O que há é incompreensão do que seja a experiência, a mente, e o que ela faria, sobretudo a tomada de algo como objeto. Na verdade não há intencionalidade alguma na verdadeira Experiência, ou Ser como Experiência.
Defendo então a tese de que só poderia haver "intencionalidade" num sentido, ou direção, transfenomenal ou transparente, que dependeria de uma aplicação disfuncional, pelo pensamento, da distinção entre aparência e realidade, distinção cuja funcionalidade é, no entanto, necessária ao que chamamos de "tomar algo como objeto". É preciso dobrar a língua quando se diz que há "intencionalidade" e que ela está "dirigida para o fenômeno" ou "aparência". Não basta aqui acrescentar um grão de sal a esses chavões, mas uma tonelada! O que se chama de "intencionalidade" é algo que, se houvesse, fracassaria sistematicamente, na verdade tão infalivelmente, que esta é a principal razão para duvidarmos seriamente dela. Pois o que a mente "intencionaria" como real, existente, não lhe poderia aparecer, menos ainda como real "em si mesmo"; e, por sua vez, sua "aparência" não poderia ser "tomada como objeto" sem... deixar de ser aparência, para desaparecer na realidade ou na existência.