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Doze

Números — DOZE


VIDE: Sete, Dodecaedro


Mário Ferreira dos Santos: O NÚMERO DOZE


Roberto Pla: Evangelho de Tomé - Logion 73
Note-se que desde a perspectiva da vertente que reconhece o sentido “oculto” da Boa Nova, os Doze mencionados em Apostolado não são aqueles doze discípulos nomeados, nem tampouco seus sucessores eclesiais constituídos em missionários, senão que se refere a todos os que alcançam interiormente o fruto completo do conhecimento do espírito.

Elémire Zolla: Místicos do Ocidente

Doce son las horas del día, los meses del año solar, la serie de tonos y semitonos de la octava; los pitagóricos llamaban al doce el matrimonio definitivo. Doce son las piedras del altar y las tribus de Israel. Los signos del zodíaco son los titanes, hijos del matrimonio del cielo y de la tierra, «manos, pies, riñones, bazo, hígado, bilis, intestino, estómago, recto, en lucha entre sí». Diez son las estáticas medidas, doce las oposiciones, dice el Séfer yetziräh.


Evola Tempo

  • O número doze como sigla do ritmo e as suas múltiplas correspondências tradicionais
    • A fixação natural dos momentos do desenvolvimento solar pelas constelações zodiacais, articulações do deus-ano, fazendo do número doze uma das siglas do ritmo que surge com maior frequência.
    • A figuração do doze onde quer que se tenha constituído um centro que tenha encarnado a tradição urano-solar, ou onde o mito ou a lenda tenham dado em figurações ou personificações simbólicas um tipo de regência análogo.
    • As múltiplas correspondências do doze, como os doze Aditya hindus, as doze tábuas das Leis, os doze grandes Namshan do conselho circular do Dalai-Lama, os doze discípulos de Lao-tse, os doze sacerdotes de colégios romanos, os doze ancilia de Numa, os doze abutres de Rómulo, os doze lictores, os doze altares de Janus, os doze discípulos de Cristo, as doze portas de Jerusalém celeste, os doze deuses olímpicos, os doze juízes do Livro dos Mortos egípcio, as doze torres de jaspe da montanha sagrada taoista Kuen-Lun, os doze principais Ases nórdicos, os doze trabalhos de Hércules, os doze dias da travessia de Siegfried, os doze reis vassalos, os doze cavaleiros da Távola Redonda e os doze paladinos de Carlos Magno.

Simbolismo

Arquitetura Sagrada: Excertos de Painton Cowen, Rose Windows (Art and Imagination)
Cada uma das rosáceas de Chartres, onde predomina o número 12, tem algo especial sobre ela. A do transepto norte é construída de acordo com três conjuntos geométricos sobrepostos, um que é baseado na série de Fibonacci — um fenômeno matemático e geométrico que governa, entre outras coisas, o crescimento e posicionamento de folhas e flores em certas plantas. Uma segunda geometria incorpora todos os dispositivos da rosácea em um sistema de triângulos equilaterais, e um terceiro alinha o que criado pelos outros dois. E ainda mais: pois o número 12 que subjaz toda a rosácea é o produto de 3 e 4, o primeiro simbolizando espírito (a Trindade) e o último “matéria” (os Elementos). O produto, 12, é todas as possíveis combinações de 4 e 3, simbolizando a total infusão de matéria com espírito através do cosmos — do qual a rosácea é ela mesma um modelo. Assim, também, a agência do Espírito pode ser vista na rosácea como uma pomba quádrupla ou “quadri-dimensional”, pois o Espírito age continuamente através do tempo e do espaço — “ama e guia toda a matéria criada”, como Guilherme de Saint-Thierry coloca. A como um símbolo deste amor a rosácea é o Eros ou Amor Divino do poder criativo do cosmos. É uma perfeita fusão e manifestação da filosofia da Escola de Chartres: uma coisa de grande beleza criada pelo homem para Deus.

Doze e vinte-quatro são os números mais comuns em rosáceas, particularmente em transeptos sul. Doze enquanto número da perfeição, do universo, do tempo, dos apóstolos, do Zodíaco, das tribos de Israel, e das pedras preciosas nas fundações da Nova Jerusalém.

Uma rosácea de Chartres, provavelmente a maior e mais aclamada de todas (VISITA VIRTUAL), representa o Juízo Final (v. VINDA DO FILHO DO HOMEM). Esta rosácea de 1216 representa o Cristo no centro mostrando suas chagas da Crucificação. Ele está cercado por doze luzes menores contendo oito anjos e serafins e os quatro símbolos dos Evangelistas: o leão de Marcos (22), o touro de Lucas (16), a águia de João (13) e o anjo de Mateus (19) (v. Tetramorfos). Acima e abaixo do Cristo nas luzes exteriores estão as almas divididas por Miguel Arcanjo (7). as boas ascendendo ao seio de Abraão (1), enquanto as más levada para fora pelos diabos (6 e 30) para outro diabo que regozija-se com três almas ardendo nas chamas da boca do inferno.

Os doze apóstolos estão arrumados em pares nas janelas (3-5, 9-11), na 10 Pedro pode ser identificado segurando uma grande chave verde. Acima do Cristo um querubim de seis asas carregando os instrumentos da Paixão, a Cruz (36) e a Espada (25). Os mortos podem ser vistos levantando de suas tumbas, como profetizado por João no Apocalipse, e olhando o Cristo (28-29, 32-33). À esquerda de Miguel estão três almas sendo conduzidas por um anjo (8), enquanto um diabo invejoso de face-verde espera por outras (7). Para completar a cena, anjos tocam trompetas (26-27, 34-35) e dois querubins, segundos em nível ao serafim próximo a Deus, com olhos em suas asas e contendo todo conhecimento, olham para baixo (1-2).

Used in Doze

Nunca é demais enfatizar a magnífica concepção da rosácea, que deixa “transpassar” a luz em determinados “lugares” de sua configuração geométrica. “Lugares” estes que se diferenciam do conjunto de matéria densa, pedra, pela própria “matéria” que os compõem, ou melhor dizendo, pelo “nada” de matéria densa que são, que permite que a luz os “transpassem”, embora guardem suas “cores” a serviço da beleza do todo.