Onde não há extensão no espaço nem duração no tempo, não pode haver eu. Um “eu” é um sujeito imaginário que imagina a si mesmo como objeto. Enquanto assim finge ser um objeto, posa como seu próprio sujeito. E esse monstro mítico é estendido no espaço e depende da duração.
Nada espacial ou temporal pode possuir existência senão mítica.
Não é evidente que, ao menos — e também ao máximo —, cada um de nós pode ver e pode dizer: “O que sou não poderia, de modo algum, ser limitado por qualquer noção conceitual, espacial ou temporal; em transcendência sou infinito e, por natureza, intemporal”?
id da página: 2978
Sujeito-Objeto – Sujeito