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id da página: 4383 Paracelso – Homem e Obras Paracelso

Paracelso Homem Obras

AlquimiaParacelso – Homem e Obras

Paracelsus. Selected Writings. Ed. Jolande Jacobi. Princeton: Princeton University Press, 1973

Segue-se uma lista hierárquica e detalhada dos tópicos principais das seções fornecidas, em português formal e acadêmico, de acordo com o Acordo Ortográfico de 1990.

TRABALHO, MANDAMENTO DIVINO

  • A primazia das obras sobre as palavras, pois "as palavras são uma casca vazia, mas as obras mostram-lhe o mestre", sendo o conhecimento humano, como o trabalho da terra ou a fabricação do queijo, proveniente de uma linhagem de mestres que remonta ao primeiro professor, que é o próprio Criador.
  • O trabalho como mandamento divino instituído após a expulsão do Paraíso, quando Deus ordenou "com o suor do teu rosto comerás o pão" e criou a luz da natureza para Adão e a luz do parto para Eva, transformando criaturas angelicais em seres terrenos e mortais e dando início ao "homem interior" ou "homem da segunda criação".
  • A aquisição do conhecimento após a expulsão do Paraíso, não de forma completa, mas através da luz da natureza, onde o homem deve aprender uma coisa após a outra para trazer à luz o que está oculto em todas as coisas, pois "todas as artes lhe foram dadas, mas não de uma forma imediatamente reconhecível; ele deve descobri-las aprendendo".
  • A necessidade do homem estudar em três escolas correspondentes aos seus três corpos e luzes: o corpo elemental na escola elemental, o corpo sidéreo ou etéreo na escola sidérea e o corpo eterno ou luminoso na escola da eternidade, sendo que apenas as três juntas tornam o homem perfeito.
  • A luz da natureza como a própria razão, devendo ser o guia para tudo o que o homem faz, sendo inimigo da natureza apenas "aquele que se imagina mais sábio do que a natureza, embora ela seja a maior escola para todos nós".
  • A importância de aprender e fazer, pois "aprender e não fazer nada é pouco. Aprender e fazer é grande e inteiro", e a capacidade de praticar todos os ofícios e artes é inata no homem, cabendo a cada um despertar e convocar para a luz do dia as potencialidades que estão nele prefiguradas, tal como se desperta no criança o sapateiro, o canteiro ou o erudito.
  • O imperativo do aprendizado contínuo, do questionamento e da adaptação do conhecimento aos novos tempos, pois "o que se foi se foi, e o novo tempo nos confronta com novas tarefas!", devendo-se aperfeiçoar e explorar coisas novas, sendo o aprendizado a própria vida, "da juventude à velhice, sim, até à beira da morte".
  • A recompensa daquele que é guiado pelos caminhos da natureza, tornando-se versado nas filosofias do céu e da terra e abençoado com um conhecimento tão grande que nem a vida nem a morte, nem a saúde nem a doença lhe estão ocultas.

ESCOLA DA NATUREZA

  • A perfeição da realização humana dependendo da união entre vontade e ação, pois "não a vontade sozinha, apenas a vontade e a ação levam à realização perfeita".
  • A incumbência divina ao homem de desenvolver todas as coisas da terra até o seu mais alto grau, sendo este ápice um começo, "uma semente que ele é obrigado a moldar em algo maior".
  • A vocação do homem para explorar tudo na natureza, pois "nada criado está além da compreensão do homem", tendo tudo sido criado para que ele não permaneça ocioso, mas ande no caminho de Deus, experienciando o espírito, a luz e os caminhos angélicos divinos em todas as coisas.
  • A vontade divina de que os segredos da natureza se tornem manifestos e cognoscíveis através das obras do homem, criado para torná-los visíveis, tal como Cristo, cuja divindade era invisível, foi revelada através de seus atos, e assim "nós também devemos manifestar aquilo que Ele colocou em nós".
  • A analogia das sementes maravilhosas que Deus plantou no homem, as quais, como as sementes na terra, devem brotar e dar frutos na época designada, cabendo ao homem, através do esforço diário, ajudar essas dádivas a prosperarem e assim tornar-se um santo, um hino de louvor ao Criador.
  • O mandamento de Cristo "Buscai e encontrareis" como uma tarefa que se aplica tanto à luz eterna quanto à luz da natureza, exigindo que busquemos a arte e os segredos do mundo de maneira oculta, pois "quando o objetivo da busca está oculto, a maneira de buscar também é oculta".
  • A necessidade do trabalho e do labor para utilizar e desfrutar dos produtos que Deus nos deu, pois "embora o ferro seja ferro, não é por si mesmo uma relha de arado ou um machado de carpinteiro", devendo o homem, guiado pela luz da natureza, ser versado não apenas nas plantas, mas na arte de prepará-las, evitando a ociosidade e mantendo-se sempre em trabalho, tanto físico quanto espiritual.
  • O homem como o agente único através do qual o "firmamento" e os milagres da natureza são tornados visíveis e recebem forma, tal como as peras são amadurecidas pela árvore.
  • A criação de todas as coisas por Deus de forma substancial a partir do nada, mas nunca vazias, pois todas são preenchidas com virtudes inerentes, tal como a alma preenche o homem, o leite a vaca e o fruto a terra.
  • A incessante atividade de todas as coisas na natureza, incluindo as estrelas, que "não têm descanso", e o próprio inverno, que é um período de labor preparatório para um novo verão, sendo apenas o corpo humano e o dos animais que repousam, mas nunca o espírito.
  • A verdadeira felicidade residindo no trabalho e no suor, no uso dos dons que Deus conferiu a cada homem, seja como camponês, artesão, médico ou pregador, pois "o caminho próprio reside no trabalho e na ação, no fazer e no produzir".
  • A importância de usar todas as coisas para o bem e para o propósito para o qual existem, sem acrescentar ou retirar nada, e a paciência para que o que está dentro do homem amadureça e venha à luz no momento certo, "como uma criança do ventre de sua mãe".
  • O conhecimento do homem através de seus frutos celestes, isto é, suas obras, que manifestam se ele anda no caminho de Deus ou não, e a esperança como uma das mais altas emoções, inseparável da capacidade de fazer algo e da confiança na arte.
  • A origem de toda sabedoria e arte não em nós mesmos, mas através de um mediador, o espírito invisível que nos concede a arte, tal como os campos dão frutos, sendo tudo inventado tendo sua origem no espírito e feito por ordem de Deus.
  • A obrigação de todo crente de ser um filósofo, conhecendo o que é benéfico para sua vida e saúde, estudando as causalidades, o firmamento, a terra, o mar e o ar para reconhecer o Criador em todas as coisas, pois "Deus quer que o homem O conheça completamente e não apenas pela metade e sem clareza".

MUNDOS INTERNO E EXTERNO

  • O princípio de que "tudo o que está dentro pode ser conhecido pelo que está sem", pois Deus não ocultou completamente nada, mas providenciou todas as coisas com marcas externas e visíveis, traços especiais, tal como um homem que enterra um tesouro marca o local.
  • A capacidade do homem de descobrir tudo o que está oculto nas montanhas, nas profundezas dos mares e nas alturas do firmamento através de sinais e correspondências externas, sendo cada fruto um sinal do que está contido naquilo de onde se origina.
  • As quatro vias para descobrir a natureza do homem e de todos os seres vivos: a quiromancia (mãos e pés), a fisiognomonia (rosto e cabeça), a substantina (forma total do corpo) e os costumes e usos (modos e gestos), que, juntas, fornecem um conhecimento completo do homem interior oculto.
  • A natureza como escultora que dota tudo com a forma que também é a essência, revelando-a, de modo que "a forma mostra qual é uma determinada erva, assim a forma humana é um sinal que indica o que um determinado homem é", devendo-se dar a cada homem o nome verdadeiro de acordo com sua natureza inata.
  • A arte dos sinais como fundamental para qualquer artista, pois "o escultor da Natureza é tão artístico que não molda a alma para se ajustar à forma, mas a forma para se ajustar à alma", e nenhum artista pode produzir uma obra acabada sem esse conhecimento.
  • A doutrina das assinaturas, ilustrada por exemplos como a raiz de Satírio, formada como órgãos genitais masculinos, indicando sua virtude para restaurar a virilidade; o cardo, cujas folhas picam como agulhas, sinalizando sua eficácia contra picadas internas; a raiz de Siegwurz, envolta em uma envelope como armadura, mostrando proteção contra armas; a Syderica, com a imagem de uma serpente em suas folhas, indicando proteção contra venenos; e a chicória, que se inclina para o sol, sendo mais eficaz sob sua luz.
  • A analogia do carpinteiro que constrói uma casa de acordo com uma ideia que primeiro vive nele, tal como a virtude forma a forma de um homem, e a natureza dá ao homem uma aparência exterior de acordo com sua constituição interior, podendo-se conhecer a alma de um homem assim como o carpinteiro é conhecido por sua casa.
  • A fisiognomonia como a arte de descobrir o que está dentro e oculto no homem, revelando a relação de seu coração com Deus e o próximo, seu temperamento e sua conduta, pois "aquilo que enche o coração transborda pela boca; e o que o coração do homem deseja, é isso que seus ouvidos ouvem, e seus olhos buscam".
  • A importância de considerar a totalidade dos traços e de observar o homem em momentos de angústia para conhecer sua verdadeira natureza, pois "a natureza forja o homem, ora um homem de ouro, ora um homem de prata, ora um homem de figo, ora um homem de feijão".
  • A existência de muitos tipos de quiromania, não apenas a das mãos do homem, mas também a das ervas, das folhas das árvores, da madeira, das rochas, das minas e das paisagens, que deve ser estudada por médicos, carpinteiros, mineiros e cosmógrafos para descobrir eficácias, virtudes e usos.
  • A revelação da natureza interior do homem através de seus costumes, modos e gestos inatos e característicos, pois "o exterior revela o interior".

ARTES, UM DOM DE DEUS

  • A natureza humana, dotada de sabedoria e artes divinas, sendo justamente chamada de deuses e filhos do Ser Supremo, pois "a luz da natureza está em nós, e esta luz é Deus", e as artes que possuímos são-nos dadas na hora da concepção, não havendo justificação para duvidar das capacidades humanas, pois "se tudo vem de Deus, por que a arte seria incapaz de algo que Deus é capaz de fazer?".
  • A origem de todas as artes e habilidades em Deus, que as planta em nós de acordo com a Sua vontade, sendo as estrelas a nossa escola, onde tudo deve ser aprendido, pois "nas estrelas estão todas as habilidades e artes, todos os ofícios estão ocultos, e também toda a sabedoria, toda a razão".
  • A influência de Vênus e Marte como exemplos da gênese das artes pela ação estelar, e a constante renovação das artes, guerras, governos e tudo o que o cérebro produz pela orientação das estrelas, que sempre instruem novos artistas e artesãos.
  • A incompletude da ação das estrelas, justificando a contínua invenção de novas artes, revelações e remédios, cabendo ao homem decidir que porção dessas coisas deve tomar para si.
  • As sete vias pelas quais nos tornamos versados nas artes: instrução por um espírito (anjo); conselho útil dado por um homem, mas compreendido pela luz da natureza; descoberta através da experiência; habilidades concedidas pela luz da natureza sob o manto de artes falsas (nigromancia, etc.); descobertas através da quiromania genuína (das mãos, ervas, madeira); insights provenientes da fisiognomonia; e desenvolvimento de artes com base na semelhança de formas (o semelhante curado pelo semelhante).
  • O propósito das artes, ciências e habilidades de serem conducentes à alegria, paz, unidade, pureza, respeitabilidade, gratificação de nossas necessidades e serviço ao próximo, sendo a arte o bem mais durável, "uma posse que desafia a apreensão".
  • A fundação da vida não apenas no pão, mas nas artes e palavras de sabedoria que vêm da boca de Deus, que são eternas.
  • A necessidade de uma nova geração, cheia de espírito profético ou sibilino, para redirecionar as artes incertas, pois "aquele que não é certo de si mesmo não pode ser certo em suas ações; um cético nunca pode criar algo duradouro".
  • A Cabala como a fundação para explorar a natureza interior do homem, árvores, ervas e pedras através de seu aspecto exterior, abrindo acesso ao oculto e aos mistérios, mas dependente da busca pelo reino de Deus acima de tudo.

INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS

  • A interpretação de sonhos como uma grande arte, pois os sonhos não são desprovidos de significado, podendo conter algo sobrenatural, já que "o espírito nunca está ocioso".
  • A necessidade de o intérprete ser dotado de "conhecimento sidéreo" e da luz da natureza, evitando fantasias absurdas e arrogância, prestando atenção aos sonhos, pois "uma grande quantidade deles se torna realidade".
  • A natureza profética dos sonhos, que são "promessas e mensagens que Deus nos envia diretamente", Seus anjos e espíritos ministradores, que aparecem em grandes dificuldades em resposta a orações de fé.
  • A revelação de insights artísticos em sonhos, como ocorria desde os tempos imemoriais, devendo o sonhador, ao acordar, permanecer sozinho e sóbrio para recordar o sonho antes que ele escape.

SANTOS E MAGOS

  • A magia como a mais secreta das artes e a mais alta sabedoria concernente ao sobrenatural na terra, tendo poder para experienciar e sondar coisas inacessíveis à razão humana, sendo "uma grande sabedoria secreta, assim como a razão é uma grande loucura pública".
  • A permissão divina da magia, significando que podemos usá-la, mas não devemos interpretar isso como um chamado para praticá-la falsamente, pois "se um homem pratica magia falsa, ele tenta a Deus".
  • A origem de todas as habilidades e artes em Deus, sendo o diabo aquele que falsifica, calunia e estraga as obras divinas, seduzindo os fracos na fé para cultuar artes falsas.
  • A necessidade de um teste e uma prova para distinguir o sagrado do profano e discernir se um milagre vem do espírito da natureza ou do espírito de Deus, sendo indispensável saber o que vem da divinatio e o que vem da divinitas.
  • A distinção na Escritura entre "feiticeiros" e "magos", como os Reis Magos, que não abusaram de sua arte e sabedoria oculta, pois "a magia é uma arte que revela seu poder e força mais altos através da fé".
  • A existência de "santos naturais", chamados magos, que têm poder sobre as energias e faculdades da natureza e através dos quais Deus mostra Seus milagres, assim como através dos santos da vida beatífica.

ALQUIMIA, ARTE DA TRANSFORMAÇÃO

  • A inocência da alquimia em si mesma, sendo culpado "aquele que não a conhece corretamente e que não a aplica corretamente".
  • O grande mistério da alquimia à luz da natureza: "que uma coisa pode perder e perder completamente sua forma e figura, apenas para surgir subsequentemente do nada e se tornar algo cuja potência e virtude é muito mais nobre do que era no início".
  • A definição da alquimia como a arte de levar algo não completado à sua finalidade, pois "nada foi criado como ultima materia – em seu estado final", cabendo a Vulcano, pelo fogo, desenvolver a prima materia em sua substância final, separando o útil do inútil e transmutando-o em sua essência última.
  • A transmutação dos metais como um grande mistério da natureza, não contrário a ela ou à ordem de Deus, mas impossível sem a tinctura ou a pedra filosofal.
  • O processo de decomposição como "o início de todo nascimento" e "a parteira de coisas muito grandes!", causando a morte da essência original para permitir um renascimento em formas mil vezes melhoradas, constituindo "o mais alto e maior mysterium de Deus".
  • O papel da alquimia em revelar as grandes virtudes ocultas na natureza, tal como o verão revela a natureza de uma árvore, sendo essas virtudes diversas em cada coisa e múltiplas em cada uma, formando ainda uma unidade.
  • A alquimia como uma arte necessária e indispensável, cujo domínio pertence a Vulcano, exigindo a compreensão de que Deus criou todas as coisas inacabadas, como sementes, cabendo a Vulcano trazê-las à conclusão.
  • A quinta essentia como o espírito da vida das coisas, extraído de uma substância, liberto de impurezas e partes perecíveis, e refinado na mais alta pureza, dotado de poderes extraordinários para limpar e alterar o corpo, sendo necessária uma quinta essentia específica para cada doença.
  • O arcanum como algo incorpóreo, imortal e eterno, dotado de poder para nos mudar, renovar e restaurar, sendo "a virtude inteira de uma coisa, multiplicada mil vezes", e dos quais apenas quatro são conhecidos: a prima materia (concede nova juventude), o lapis philosophorum (purifica o corpo), o mercurius vitae (renova o corpo) e a tinctura (transforma o corpo em um ser indestrutível).
  • A natureza do fogo celestial na terra como um "fogo frio, rígido e congelado" que é o corpo do ouro, podendo apenas ser dissolvido, e a eficácia das coisas indestrutíveis em situações consideradas impossíveis ou desesperadoras.
  • A limitação da revelação sobre a alquimia, sendo esta "verdadeiramente um dom de Deus", concedida por Sua vontade a quem Lhe apraz, para que só Ele seja honrado.

SABEDORIA E AS ESTRELAS

  • A premissa de que "o filósofo tem poder sobre as estrelas e não as estrelas sobre ele".
  • A astronomia como uma arte indispensável, que ensina a condição e disposição da alma, do coração e dos pensamentos de cada homem, bem como a influência da hora da concepção e do nascimento.
  • A limitação do astrônomo, que, como um prisioneiro, não pode conhecer as intenções da "Mão do Supremo Movente" ou "Timoneiro Supremo" que governa o firmamento.
  • A existência de dois tipos de estrelas — as celestes e as terrestres, as da loucura e as da sabedoria —, sendo que as estrelas do microcosmo governam as estrelas do céu, pois estas foram criadas para obedecer a Deus e ao homem, não para governá-lo.
  • A origem da razão, sabedoria e conflito no homem a partir das estrelas, onde estas qualidades existem de forma invisível e sutil, contrastando com a sabedoria que vem diretamente de Deus, que está acima dos céus.
  • A astronomia como arte que auxilia a descobrir os segredos da disposição inata do coração e a distinguir a fantasia da ciência, instruindo-nos sobre a esfera mortal, enquanto o que pertence a Deus deve ser aprendido d'Ele.
  • A rejeição da ação compulsória do firmamento sobre o homem, afirmando que "o próprio homem age sobre o mundo mais do que é influenciado por ele", sendo a astrologia influente apenas sobre as emoções e a razão sensual pagã, enquanto os cristãos devem viver como tal e dar maior atenção às palavras de Cristo sobre os sinais dos tempos.
  • A sujeição das estrelas ao filósofo, sendo apenas o homem ainda animal que é governado e compelido por elas por não se conhecer e não saber usar as energias ocultas que carrega dentro de si, sendo o microcosmo que contém todo o firmamento.
  • A distinção entre a profecia de Cristo e dos apóstolos, que se cumpre inevitavelmente, e a previsão do astrônomo, que pode ou não acontecer, sendo a verdadeira essência do homem compreendida apenas com base em sua eternidade.
  • A superioridade da sabedoria eterna trazida por Cristo sobre a sabedoria inferior da natureza, sem, no entanto, abolir a astronomia, mas comandando seu uso de maneira cristã, pois o Pior nos colocou na luz da natureza e o Filho na luz eterna, sendo indispensável conhecer ambas.

LIBERDADE DO HOMEM

  • A liberdade inalienável da sabedoria do homem, que "não se rendeu nem se rendeu", fazendo com que as estrelas lhe devam obediência e não o contrário, podendo ele, mesmo sob a influência de Saturno, escapar dela e dominá-la.
  • A definição do homem sábio como aquele que vive pela sabedoria divina e é uma imagem d'Aquele à semelhança do qual foi criado, governando tanto o corpo sidéreo quanto o elemental, servindo a ambos para cumprir a lei do Senhor e viver em harmonia com a natureza, a vontade de Deus e o espírito divino, sem preferir o corpo mortal à "imagem" eterna.
  • A conquista sobre as estrelas pela imitação da imagem de Deus, pois "aquele que imita a imagem de Deus conquistará as estrelas".