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id da página: 2373 Michel Henry Verdade Michel Henry

Michel Henry Verdade


Nosso propósito não é nos perguntarmos se o cristianismo é “verdadeiro” ou “falso”, não é estabelecer, por exemplo, a primeira dessas hipóteses. O que estará em questão aqui é, antes, o que o cristianismo considera como a verdade, o gênero de verdade que ele propõe aos homens, que ele se esforça por comunicar-lhes não como uma verdade teórica e indiferente, mas como esta verdade essencial que lhes convém por alguma afinidade misteriosa, a ponto de ser ela a única capaz de assegurar sua salvação. É esta forma de verdade que circunscreve o domínio do cristianismo, o meio em que ele se move, o ar, se se ousa dizer, que ele respira, o que tentaremos compreender. Porque há muitas espécies de verdade, muitas maneiras de ser verdadeiro ou falso. E talvez também de escapar ao conceito de verdade que domina o pensamento moderno e que, tanto em si mesmo quanto por suas múltiplas implicações, determina o mundo em que vivemos. Antes de tentar uma elucidação sistemática do conceito de verdade, a fim de reconhecer a verdade insólita e oculta que é própria do cristianismo, verdade em total oposição com a que hoje tomamos ingenuamente por protótipo de toda verdade concebível, um problema prévio se põe. Trata-se de delimitar de modo ao menos provisório o que será inquirido sobre a natureza da verdade que ele professa: a que chamaremos, portanto, “cristianismo”?

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