Carregando...
 
Skip to main content
id da página: 4811 CATARINA DE SIENA (1347-1380) Catarina

Catarina de Siena

CRISTOLOGIA — CATARINA DE SIENA (1347-1380)


ZOLLA, Elémire. I mistici dell’Occidente. 4. Milano: Rizzoli Editore, 1976.

Caterina Benincasa nasceu de família de mercadores em Siena em 25 de março de 1347 e teve que lutar para vencer a hostilidade familiar às suas asceses, que compreendiam a flagelação, a privação do sono, a corrente de ferro que entrava na carne, a fome completa. Pôde enfim vestir o hábito dominicano. Teve arrebatamentos frequentes e recebeu a infusão da ciência. Os estigmas nela foram invisíveis mas dolorosos. Frei Raimundo da Capua em sua Legenda maior narra os fatos extraordinários, como esta iniciação que tem os traços da xamânica: um dia ela reza dizendo com o profeta: "Em mim cria, ó Deus, um coração puro e renova o espírito reto nas minhas vísceras" e lhe surge a visão de Deus que lhe tira o coração e parte com ele. Ao confessor confidencia não ter mais coração, até que Deus retorna trazendo-lhe um vermelho e esplendente, dizendo: "Eis, te dou o meu" e deixando como sinal do milagre uma cicatriz (cap. vi).

Quando se sentia tentada a sentir repulsa por uma ferida de um doente que estava curando, não tanto por um efeito natural, mas pela misericórdia do inimigo, que despertava um mau cheiro que lhe mexia com as entranhas, ela dizia santamente ao seu corpo: "O que você tanto abomina entrará em suas entranhas". "Recolheu a lavagem fétida e a bebeu, "feito isso a tentação da repugnância passou. Catarina me disse em voz baixa e em segredo: 'Desde que estou no mundo não provei jamais comida ou bebida mais doce e esquisita que aquela'", assim atesta Frei Raimundo. O demônio lhe infligia também imagens de homens e mulheres desonestos e lhe plantava diante dos olhos figuras torpes, a fazia dançar ao redor uma chusma escarnecedora. Cristo, por outro lado, instruiu-a em sua arte: 'Toma, ó filha, por amor de mim, o doce por amargo e o amargo por doce, e depois não duvides', de modo que ela exclamou: 'Ó eterna bondade de Deus, que fizeste? Da culpa procede a virtude, da fraqueza a força, da ofensa a clemência, da dor o prazer. "

Em 1370 começou a obra política de Santa Catarina cercada pela sua "bela brigada". Viajou a Pisa, Florença, Avinhão e persuadiu Gregório xi a voltar a Roma. Morreu em Roma em 29 de abril de 1380.

Parece que era analfabeta; seus Diálogos foram certamente ditados.


Enciclopédia Católica: English


ESTUDOS E DESTAQUES: